Camex amplia cota para importação de trigo de fora do Mercosul
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Camex amplia cota para importação de trigo de fora do Mercosul
27 Ago - O governo federal ampliou o tamanho da cota e o prazo para importações de trigo de fora do Mercosul com isenção de tarifa de importação, numa tentativa de diminuir o aperto da oferta do produto no país e evitar impacto para a inflação.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou em 300 mil toneladas o volume que pode ser comprado de países de fora do bloco econômico sem a incidência da Tarifa Externa Comum (TEC), de 10 por cento.
A Argentina é o principal fornecedor de trigo do Brasil, mas a oferta para exportação do país vizinho tem sido escassa nos últimos meses.
Para suprir a ausência de trigo da Argentina e outros parceiros do Mercosul, o Brasil tem importado maiores volumes de trigo dos Estados Unidos.
Antes do anúncio desta terça-feira, o governo já havia autorizado a compra de 2 milhões de toneladas de trigo de fora do Mercosul com tarifa zerada.
"A medida foi adotada para não prejudicar o abastecimento do mercado doméstico, em função da quebra da safra na Argentina, nosso principal fornecedor externo", explicou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em nota.
A medida também levou em conta a alta do preço do trigo no mercado internacional e os possíveis efeitos sobre a inflação, ressaltou o ministério.
PRAZO
A Camex também ampliou para 10 de setembro o prazo para o desembarque do trigo importado de fora do Mercosul sem incidência da TEC. O prazo anterior era 31 de agosto.
Na avaliação do empresário Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico, um dos maiores do país, a prorrogação do prazo deve ter sido acertada entre governo e alguns moinhos que já têm carregamentos de trigo a caminho do país, mas que não conseguiriam desembarcar a mercadoria até o fim de agosto.
O prazo, no entanto, evita que o trigo importado chegue ao país junto com a safra brasileira, cuja colheita se intensifica em meados de setembro, lembrou o executivo.
"Faz sentido, não prejudicar produtor nacional. Após a quebra no Paraná seria um stress financeiro para o produtor", disse ele.
O Paraná deverá ter uma perda de 26 por cento na safra deste ano, na comparação com a previsão inicial, devido a fortes geadas em julho, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na segunda-feira.
A colheita está em estágio inicial no Paraná, segundo dados do governo estadual.
A previsão de colheita para o Estado --que deve perder a liderança da produção nacional para o Rio Grande do Sul este ano-- está agora em 1,98 milhão de toneladas, contra 2,7 milhões anteriormente.
Na avaliação de Pih, a cota de 2,3 milhões de trigo de fora do Mercosul deve ser toda utilizada e haverá pouca demanda para trigo de outros continentes a partir da entrada da safra brasileira.
"Talvez a gente vai ter que importar um pouco de trigo americano, para efeito de mistura, porque é mais apropriado para a panificação", disse ele, ressaltando que os volumes vão depender da qualidade do trigo do Paraná e no Rio Grande do Sul, o que poderá ser avaliado apenas quando a colheita começar.
Qualquer compra de fora do Mercosul até o final do ano deverá ocorrer com a incidência da TEC de 10 por cento, ressaltou.
O executivo estima que a oferta de cerca de 2 milhões de toneladas do Paraná e 2,5 milhões do Rio Grande do Sul deverá ser complementada com 500 mil toneladas exportadas pelo Paraguai.
Este volume deverá abastecer a indústria brasileira até dezembro ou janeiro, quando está previsto o reinício das exportações por parte da Argentina, segundo Pih.
Fonte.: msn.com
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou em 300 mil toneladas o volume que pode ser comprado de países de fora do bloco econômico sem a incidência da Tarifa Externa Comum (TEC), de 10 por cento.
A Argentina é o principal fornecedor de trigo do Brasil, mas a oferta para exportação do país vizinho tem sido escassa nos últimos meses.
Para suprir a ausência de trigo da Argentina e outros parceiros do Mercosul, o Brasil tem importado maiores volumes de trigo dos Estados Unidos.
Antes do anúncio desta terça-feira, o governo já havia autorizado a compra de 2 milhões de toneladas de trigo de fora do Mercosul com tarifa zerada.
"A medida foi adotada para não prejudicar o abastecimento do mercado doméstico, em função da quebra da safra na Argentina, nosso principal fornecedor externo", explicou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em nota.
A medida também levou em conta a alta do preço do trigo no mercado internacional e os possíveis efeitos sobre a inflação, ressaltou o ministério.
PRAZO
A Camex também ampliou para 10 de setembro o prazo para o desembarque do trigo importado de fora do Mercosul sem incidência da TEC. O prazo anterior era 31 de agosto.
Na avaliação do empresário Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico, um dos maiores do país, a prorrogação do prazo deve ter sido acertada entre governo e alguns moinhos que já têm carregamentos de trigo a caminho do país, mas que não conseguiriam desembarcar a mercadoria até o fim de agosto.
O prazo, no entanto, evita que o trigo importado chegue ao país junto com a safra brasileira, cuja colheita se intensifica em meados de setembro, lembrou o executivo.
"Faz sentido, não prejudicar produtor nacional. Após a quebra no Paraná seria um stress financeiro para o produtor", disse ele.
O Paraná deverá ter uma perda de 26 por cento na safra deste ano, na comparação com a previsão inicial, devido a fortes geadas em julho, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na segunda-feira.
A colheita está em estágio inicial no Paraná, segundo dados do governo estadual.
A previsão de colheita para o Estado --que deve perder a liderança da produção nacional para o Rio Grande do Sul este ano-- está agora em 1,98 milhão de toneladas, contra 2,7 milhões anteriormente.
Na avaliação de Pih, a cota de 2,3 milhões de trigo de fora do Mercosul deve ser toda utilizada e haverá pouca demanda para trigo de outros continentes a partir da entrada da safra brasileira.
"Talvez a gente vai ter que importar um pouco de trigo americano, para efeito de mistura, porque é mais apropriado para a panificação", disse ele, ressaltando que os volumes vão depender da qualidade do trigo do Paraná e no Rio Grande do Sul, o que poderá ser avaliado apenas quando a colheita começar.
Qualquer compra de fora do Mercosul até o final do ano deverá ocorrer com a incidência da TEC de 10 por cento, ressaltou.
O executivo estima que a oferta de cerca de 2 milhões de toneladas do Paraná e 2,5 milhões do Rio Grande do Sul deverá ser complementada com 500 mil toneladas exportadas pelo Paraguai.
Este volume deverá abastecer a indústria brasileira até dezembro ou janeiro, quando está previsto o reinício das exportações por parte da Argentina, segundo Pih.
Fonte.: msn.com
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