Importação cresce, apesar de medidas do governo para incentivar indústria brasileira

**Admin** Qua Jul 24, 2013 4:24 pm

Até agora, a desoneração da folha de pagamentos e a alíquota adicional no Imposto de Importação não tiveram o efeito esperado sobre o comércio exterior brasileiro. Mesmo com os estímulos fiscais, que visam o aumento da competitividade da indústria instalada no país, a importação de mercadorias, sobretudo de consumo, mantém peso na balança comercial do país.

Diante do insistente aumento de compras de produtos estrangeiros pelo Brasil, o Ministério da Fazenda estuda os efeitos da desoneração da folha de pagamentos na importação brasileira.
O trabalho inclui a alíquota adicional de imposto na importação, também criada para dar competitividade à produção interna frente a produtos de outros países.

A desoneração da folha salarial - medida que reduz o custo da mão de obra - e a alíquota adicional de imposto na importação, segundo especialistas, deverão ser revistas.

Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) estão envolvidos nos trabalhos verificaram que o desembarque de itens beneficiados nos ramos de couro e calçados, confecções, têxtil, móveis, plástico, materiais elétricos, bens de capital e transporte (autopeças, ônibus e naval) subiu, em média, 6% nos últimos 11 meses - quando a desoneração da folha já estava em vigor - em relação a igual período anterior.

O governo mexeu até na variação do Cofins e reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas a entrada de bens estrangeiros, que competem com os setores beneficiados, avançou mais do que a média nacional com alta 0,2% na comparação com o mesmo período anterior.

O objetivo do governo, que é aumentar a competitividade das empresas brasileiras diante produtos estrangeiros, permanece sendo perseguido, segundo técnicos da Fazenda e do MDIC, "questão é aperfeiçoar a aplicação das medidas, eliminando excessos e acrescentando o que o mercado demandar", afirmam eles.

Fontes: Comunidade de Comércio Exterior, Ministério da Fazenda e MDIC.